quinta-feira, 16 de agosto de 2007

BRASIL BRILHA NA IMAGINE CUP

Matéria retirado do Jornal do Comercio - Caderno de Informática

Publicado em 15.08.2007

Competição da Microsoft reúne estudantes do mundo todo – e times brasucas se destacamMelissa de Andrade
Enviada especial
SEUL – Cinco equipes na etapa mundial, um primeiro lugar na categoria Sistemas Embarcados e um terceiro lugar em Filme de Curta Metragem. O desempenho do Brasil na Imagine Cup 2007, realizada na semana passada em Seul, na Coréia do Sul, foi motivo de comemoração entre os competidores tupiniquins e executivos da Microsoft Brasil: mais um ano em que a participação verde e amarela é destaque na competição de programação da Microsoft.
Claro que não ainda não somos nenhuma Polônia, que arrebatou três primeiros lugares este ano, mas o alto nível que o evento vem ganhando a cada edição não é motivo para desânimo. “Tivemos problemas com isso dois anos seguidos, quando a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ganhou a Imagine Cup. Foi criado um medo, ou um respeito, mas isso não temos como controlar. O que posso dizer é que a Universidade de Pernambuco (UPE) não goza do mesmo prestígio que a UFPE e ganhou a Imagine Cup Brasil este ano”, diz Rogério Panigassi, brasileiro que é o mais novo gerente de Marketing da Microsoft nos Estados Unidos. “Você vai ver talento independentemente da tradição da escola. A Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) não tem tanta tradição como a Universidade de São Paulo (USP) e levou três times para a Imagine Cup.”
Os estudantes concordam. Participar, dizem, é o melhor de tudo. “Ganhando ou não, a gente tem noção de business”, defende o doutorando da UFPE André Furtado, integrante do time que venceu a categoria Sistemas Embarcados, o TriventDreams, e veterano na competição. “Para quem quer emprender, aqui é o atalho certo, porque permite amadurecer e fazer contatos. É um trampolim do mundo acadêmico para o profissional”, define.
Para Diogo Burgos, participante do time da UPE que venceu a Imagine Cup Brasil mas não passou da primeira etapa em Seul, a Oysterix, os ganhos são muitos. “Só em ter vindo você começa a ver as coisas de maneira diferente”, disse. A colega de equipe Raquel Almeida emendou: “O clima de confraternização entre todos os times é muito bom, mesmo que a gente não ganhe”.
Colega de equipe de Furtado e também veterano da Imagine Cup, Carlos Eduardo Rodrigues diz que fazer demonstração do projeto vencedor da Imagine Cup é uma de suas obrigações como Microsoft Student Partner, estudante que divulga as tecnologias da Microsoft. “Uma de nossas preocupações é mostrar aos alunos que eles têm condições de fazer projetos que competem com os outros países.”
Animou-se em participar? O site da Imagine Cup 2008 já está no ar (www.imaginecup.com), e Panigassi adianta que haverá mudanças. As categorias Projetos de Software, Sistemas Embarcados e Games (esta estréia no próximo ano) vão ter o mesmo status, com prêmio equivalente de US$ 15 mil para o time ganhador.
Se o tema deste ano foi educação para todos, o foco da próxima edição será meio-ambiente sustentável. E não será preciso se aventurar pela escrita ininteligível dos coreanos nem por sua culinária exótica – e apimentada: em 2008 os estudantes do mundo todo vão se encontrar em Paris para mostrar o que sua criatividade tem de melhor.

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